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21 de dezembro de 2022

Ciclo de encontros debate representatividade das mulheres na área de Tecnologia da Informação

O encontro de abertura contou com a participação de quase 180 pessoas da Justiça do Trabalho de todo o país

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) iniciou, na terça-feira (13), o “Ciclo de Encontro Virtuais: Liderança Digital para Mulheres”. O encontro virtual, que tem o objetivo de fomentar a participação de magistradas e servidoras na área da Tecnologia da Informação, contou com quase 180 participantes.

Na abertura, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do CSJT, ministro Lelio Bentes Corrêa, destacou que o enfoque da iniciativa é o alinhamento com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, em especial a promoção do trabalho decente por meio da equidade de gênero. “Ressalto o comprometimento institucional do TST e da Justiça do Trabalho com o combate a todas as formas de discriminação, inclusive a de gênero”, afirmou.

Trajetórias 

Uma roda de conversas sobre a trajetória de cada convidada da área de Tecnologia da Informação marcou a abertura do encontro. Participaram as secretárias de TI do Supremo Tribunal Federal (STF), Natacha Moraes; do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), Denise Moura; do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), Erica Rossiter; e do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Juliana Neiva.

As especialistas em TI relataram que, durante a formação ou na inserção no mercado de trabalho, encontraram poucas mulheres na área, dominada por homens. Para elas, é necessária maior representatividade feminina, e as que já estão inseridas nesse meio devem sempre procurar ajudar outras mulheres.

Representatividade

Para Juliana Neiva, essa é uma causa dos homens e das mulheres. “Nunca tinha parado para pensar, mas eu usava algumas vendas, pensando que nunca havia passado por algum problema de discriminação ou machismo”, afirmou a secretária de TI do TJPE. “Na verdade, com tantos desafios, a gente simplesmente começa a trabalhar e não para muito para pensar”.

Ao comparar o momento atual com o de sua formação, Erica Rossiter destacou que hoje existem muitas iniciativas de inserção feminina, mas não necessariamente interconectadas. “O momento atual é propício, e está se formando uma rede de iniciativas. Hoje, já tem muita gente trabalhando e se esforçando para a maior inserção do universo feminino em diversos aspectos”. A secretária de TI do TRT-5 participa do grupo “Elas Projetam”, que reúne iniciativas femininas para promover a representatividade.

Para Denise Moura, do TJSE, a quantidade de cursos na área de TI aumentaram, mas está havendo maior evasão de mulheres. “Elas até se matriculam, mas vão largando o curso”, observou. “Precisamos de estratégias mais assertivas, como eventos como este Ciclo de Encontro Virtuais”.

A secretária de TI do STF, Natacha Moraes, propõe uma análise crítica sobre o motivo da pouca quantidade de mulheres na área de TI dos órgãos públicos. “Muitas acabam, ao longo do caminho, desistindo de procurar maiores espaços e de galgar outras posições, por diversas dificuldades”, afirmou. “Buscar esses espaços é uma luta de homens e mulheres, porque temos nossos direitos e devemos lutar por eles”, completou.

O evento continuará em 2023 com novos encontros.

 

Autor: SECOM TST

Fonte: www.tst.jus.br